Comunicação com parceiros e
familiares
Por
que é importante que pacientes e sobreviventes se comuniquem bem com seus
parceiros?
Parceiros,
cônjuges ou companheiros são normalmente a primeira fonte de suporte e apoio
para os indivíduos que enfrentam o câncer. Se a comunicação entre estes for de
má qualidade, pacientes e parceiros podem se sentir muito sós, desprovidos de
apoio ou suporte.
O
câncer pode afetar negativamente o bem-estar dos sobreviventes. Isso também
acontece com os parceiros. Alguns enfrentam até um estresse emocional mais
intenso do que o do próprio paciente. Ambos podem sentir emoções como medo,
raiva e culpa. O estresse também é comum tanto em pacientes quanto em
parceiros.
O
declínio do status emocional e físico de um paciente pode criar um “ciclo de
estresse” no casal em que o estresse de um deles alimenta o do outro, que caba
retornando para o primeiro.
Algumas
formas pelas quais pacientes/sobreviventes e parceiros podem se beneficiar de
uma boa comunicação;
·
Troca
de suporte emocional.
·
Ajuda
na tomada de decisões.
·
Apoio
e encorajamento
·
Aprendizado
de formas alternativas para ver situações difíceis.
·
Ajuda
no processo de comunicação com a equipe de saúde.
·
Esclarecimento
de pontos mal entendidos ou compreendidos.
·
Aprendizado
de estratégias de enfrentamento novas.
·
Encorajamento
para aquisição de hábitos saudáveis (deixar de fumar, alimentar-se mais corretamente
etc.).
·
Planejamento
para o futuro (inclusive cuidado de filhos, gravidez após o câncer,
considerações financeiras etc.).
·
Discussões
sobre troca de papéis e responsabilidade no relacionamento.
·
Conhecimento
dos desejos do paciente/sobrevivente, se este estiver impossibilitado de
comunicá-los.
·
Resolução
de problemas referentes a mudanças nas relações sexuais e expressões de
intimidade.
·
Manter
a qualidade da relação.
·
Usar
a experiência do câncer para enriquecer e fortalecer o relacionamento.
Embora
seja bem compreendido que os parceiros podem exercer um papel muito importante
na resposta emocional dos pacientes à doença e à vida após o tratamento, alguns
motivos impedem a boa comunicação entre pacientes e parceiros. Em certos casos,
o parceiro não mostra uma posição encorajadora à comunicação aberta. Alguns
motivos para isso podem ser:
1. O parceiro não quer falar sobre o
que o sobrevivente está enfrentando, porque isso o entristece muito.
2. O parceiro assume uma postura super
protetora e não permite que o paciente tome nenhuma atitude.
3. O parceiro quer, a todo o custo, que
o paciente “volte ao normal”, como se a experiência do câncer não tivesse
acontecido.
Alguns
assuntos são especialmente difíceis pois pertencem a um setor muito íntimo e
próprio daquele que teve o câncer. São de difícil compreensão para os
parceiros.
Por
exemplo:
·
Viver
com a incerteza.
·
Estresse.
·
Sentimentos
de culpa.
·
Dificuldades
financeiras.
·
Medo
da recidiva.
·
Mudanças
nas perspectivas de vida e possibilidade da morte.
· Reconhecimento
de sintomas de recidiva ou outros problemas físicos.
·
Perdas
de todos os tipos: emprego, amigos, habilidades.
·
Mudanças
de papéis e responsabilidades.
·
Raiva.
Veja
alguns sintomas de que a comunicação entre paciente e parceiro não vai bem.
1. Você e seu parceiro têm
desentendimentos freqüentes, o que não acontecia antes da doença.
2. Você ou seu parceiro freqüentemente
evitam conversar.
3. Você ou seu parceiro passam a fazer
uso freqüente de sarcasmo, críticas ou apelidos.
4. Você se vê freqüentemente escondendo
coisas do seu parceiro.
5. Vocês passam a ter problemas sexuais
ou em outras formas de expressar carinho (carícias, compartilhamento de
intimidades)
6. Você se vê confiando mais em
terceiros do que no seu parceiro.
7. Você não pede ajuda ao parceiro.
8. Você se sente emocionalmente ferido
por seu parceiro.
Se,
porventura, você ou seu parceiro responderem com agressão física, procurem
imediatamente por ajuda.
As
opções de ajuda estão disponíveis na equipe profissional de cuidados. Nem
sempre a boa vontade é suficiente para garantir que não sejam adotados caminhos
contra indicados.
•
Medo da recidiva
•
Fadiga
•
Cancerofobia - o imaginário do câncer
•
Dimensão espiritual da saúde
•
Estresse e câncer
•
Estresse todos no mesmo barco
•
O olhar para além da doença física
•
Reflexões sobre a espiritualidade prática
•
Saúde e espiritualidade
[Enviado
por Gimeni Alkmim]
Abrale
- Apoio Psicológico Atendimento Individual
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos sua presença e apoio.
direitodeviverpmm@gmail.com