GRIPE A ESTÁ DE VOLTA
O
Brasil registrou 790 casos e 85 mortes por influenza A (H1N1) – gripe suína do
início de 2012 até o fim de junho. A quantidade de pessoas que adoeceram é
quatro vezes superior aos 181 casos detectados em 2011 e os óbitos correspondem
a três vezes os 27 computados no ano passado. Os dados foram divulgados hoje
pelo Ministério da Saúde. Desde o último balanço do órgão, que abrangeu o
período até o dia 25 do último mês, foram reportados 86 novos casos e mais oito
mortes.
Apesar
do avanço da doença, a posição oficial do Ministério da Saúde é que não há
epidemia. De acordo com o órgão, em 2012 está havendo uma circulação maior do
vírus da influenza A (H1N1) – gripe suína em relação ao ano passado. Não existe
motivo definido para o fenômeno, mas a alternância da circulação de subtipos do
vírus da gripe seria comum e haveria pouco risco de uma pandemia como a de
2009, quando ocorreram 2.060 mortes no Brasil.
Desde
que o inverno deste ano começou, todas as regiões do país já apresentaram casos
da doença. A maior parte dos estados registrou a gripe, as exceções são:
Rondônia, Roraima, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito
Santo e Distrito Federal. A situação é mais grave no Sul, onde as secretarias
de Saúde estaduais computaram 74 mortes até a tarde de quinta-feira (5). O
número do Ministério da Saúde para a região, menos atualizado, é 51 óbitos.
A
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde mantém equipes
monitorando os casos de gripe e analisando a situação da transmissão do vírus.
Uma dessas equipes está desde 14 de junho em Santa Catarina, onde há o maior
número de casos. Além disso, de acordo com o ministério, na última semana foram
enviadas para o Sul e para São Paulo 51.190 caixas de Tamiflu (medicamento
utilizado no combate ao Influenza H1N1).
Este
ano, houve campanha nacional de vacinação contra a influenza A (H1N1) – gripe
suína para o inverno de 2012. Os grupos considerados de risco – idosos,
crianças menores de 2 anos, grávidas e povos indígenas – foram imunizados
gratuitamente nos postos de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a
imunização atingiu 80% do público-alvo. Quem não se enquadra nos perfis
descritos e deseja se vacinar, tem que fazê-lo por meio do sistema privado de
saúde. As vacinas custam em média R$ 60.
Além
da vacina, outras medidas para prevenir o contágio pela gripe são lavar as mãos
com água e sabão ou álcool em gel; evitar levar à mão à boca na hora de tossir
ou espirrar (a higiene deve ser feita com lenços de papel) e restringir a
frequência a locais com grande aglomeração de pessoas.
Fonte
: Agência Brasil
Cuidados especiais contra Gripe A
para pessoas com baixa imunidade
Pacientes com leucemia, linfoma,
mieloma múltiplo, mielodisplasia e talassemia estão no grupo de risco.
Médicos orientam sobre os cuidados
preventivos e providências a serem adotadas em caso de manifestação dos
sintomas.
Pacientes
de leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e mielodisplasia (doenças
onco-hematológicas) devem ficar muito atentos aos sintomas da Gripe A, que são:
febre alta (superior a 39 graus), tosse, dores de cabeça, musculares e nas
articulações, dor de garganta e mal-estar/fraqueza.
Em
geral, os pacientes onco-hematológicos estão com o sistema imunológico
debilitado, o que significa que suas funções protetoras se apresentam
inadequadas, deixando a pessoa mais suscetível a infecções. Por este motivo,
atenção aos sinais da gripe é fundamental.
De
acordo com orientações de especialistas, essas pessoas, ao perceberem que
apresentam os sintomas do vírus, precisam procurar um médico imediatamente para
receber o tratamento adequado.
Procedimentos
Dr.
Luis Fernando Aranha Camargo, infectologista do Hospital Albert Einstein,
explica qual procedimento deve ser adotado ao perceber os sintomas. "Se o
paciente tiver contato com uma pessoa que seja portadora do vírus, ele deve
tomar, sob prescrição médica, o fosfato de oseltamivir como prevenção,
independentemente do diagnóstico”.
O
infectologista informou, ainda, que os cuidados de prevenção para os pacientes
com doenças onco-hematológicas são os mesmos para aqueles indivíduos que não
possuem nenhum tipo de doença.
“Os
pacientes portadores de doenças onco-hematológicas devem procurar atendimento
médico, de preferência no centro onde se trata, aos primeiros sinais e
sintomas. O médico é quem decidirá sobre a indicação da medicação. Ao entrar no
ambulatório, o paciente deve solicitar máscara para minimizar o risco de
contaminação a outros pacientes”,
explica Dra. Ana Lúcia Cornacchioni – médica oncologista pediátrica do
Instituto de Tratamento Contra o Câncer Infantil (ITACI) e coordenadora do
Comitê Científico Médico da ABRALE.
Dr.
Rodrigo Santucci, onco-hematologista da Hemomed Oncologia e Hematologia, recomenda
que os pacientes com doenças onco-hematológicas evitem frequentar lugares com
grande concentração de pessoas, como estações do metrô e estádios de futebol, e
contato com quem viajou para fora do País.
Para
os pacientes com talassemia - anemia crônica, que faz parte do grupo das
hemoglobinopatias -, Dr. Giorgio Baldanzi, médico responsável pelo ambulatório
de Hemoglobinopatias do HEMEPAR de Curitiba e membro do Comitê Científico da
ABRASTA (Associação Brasileira de Talassemia), esclarece a importância de
informar ser portador da doença na hora em que for consultado em caso de
suspeita da Gripe A.
“Uma pessoa que tenha talassemia e sentir os sintomas
da Gripe A tem que procurar o médico imediatamente e se identificar como
portadora da doença. O paciente deve tomar (por orientação médica) o fosfato de
oseltamivir nas primeiras 48 horas, após perceber os sintomas. O remédio agirá
direto no vírus, que deixa de se multiplicar no organismo. Com isso, a doença
não se desenvolve ou pode se desenvolver de maneira branda. Além disso, o
paciente de talassemia que não tenha o baço, além de ingerir o fosfato de
oseltamivir, deve receber antibióticos devido o risco de infecção bacteriana
concomitante”,
expõe Baldanzi.
Cuidados para se prevenir da doença,
conforme orientações do Ministério da Saúde:
-
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e
nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; e
cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.
O
Ministério da Saúde também divulgou em seu site, que baseado em
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas pacientes com
agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos
sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave,
devem ser medicadas com fosfato de oseltamivir.
O
grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes,
pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência
imunológica (como pacientes com câncer), pessoas com obesidade mórbida e também
doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme e
talassemia.
Fonte:ABRASTA
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