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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Saúde bucal é importante durante o tratamento do câncer.


Câncer e Odontologia



Boa condição de saúde bucal é importante durante o tratamento do câncer. Algumas drogas contra o câncer podem causar lesões na boca e na garganta, condição chamada de “mucosite”. Drogas contra o câncer também podem deixar os tecidos bucais secos e irritados ou até levar a sangramento bucal. Pacientes que não têm se alimentado bem desde o início da quimioterapia são mais suscetíveis às lesões de boca.

Além de serem dolorosas, as lesões bucais podem se tornar infectadas por vários germes que vivem na boca. Todos os cuidados devem ser tomados para prevenir as infecções, porque pode ser difícil de combatê-las durante a quimioterapia e porque elas podem levar a sérias complicações.

Fale com seu médico sobre quanto tempo você não visita o seu cirurgião-dentista depois que começou a quimioterapia. Você pode necessitar de uma remoção de placa bacteriana das superfícies dos dentes e necessitar remover cáries, abscessos gengivais, doença periodontal, ou cuidados especiais com próteses em más condições.

Pergunte ao seu cirurgião-dentista que técnica de escovação e uso de fio dental você pode utilizar durante a quimioterapia. A quimioterapia pode fazer você ficar suscetível às cáries, então seu cirurgião-dentista pode sugerir o uso de soluções à base de flúor para prevenir perdas dentárias.

Escove seus dentes e gengivas após cada refeição. Use uma escova dental extra-macia e de maneira suave. Escovar os dentes e gengivas com muita força pode destruir as mucosas da boca. Peça ao seu cirurgião-dentista ou enfermeira para sugerir os cremes dentais e/ou escovas dentais para suas gengivas se estiverem muito sensíveis.

Enxágüe bem sua escova de dentes após cada uso e a conserve em local seco.

Evite soluções para bochechos que contenham álcool. Peça ao seu cirurgião-dentista ou enfermeira para sugerir uma solução para bochechos que você possa usar. Por exemplo, soluções à base de clorexidina e bicarbonato de sódio não são irritantes.

Se você desenvolver lesões bucais, conte ao seu médico ou enfermeira. Você pode precisar de medicações para tratá-las. Se as lesões forem doloridas ou impedi-lo de se alimentar, você pode tentar seguir estas sugestões:

- Pergunte ao seu médico ou cirurgião-dentista se você pode aplicar algum medicamento sobre as lesões ou ingerir alguma medicação para aliviar a dor.

- Alimente-se de comidas frias ou à temperatura ambiente. Alimentos quentes podem irritar a mucosa bucal.

- Coma alimentos macios e cremosos como sorvetes, papinhas, frutas macias (banana, mamão), cereais cozidos, queijos, iogurte, ovos cozidos, massas, pudins e gelatina. Você pode utilizar qualquer alimento que fique macio após preparado, para facilitar a deglutição.

Evite alimentos irritantes, ácidos ou cítricos como tomate, laranja, limão e abacaxi, alimentos apimentados e salgados, e alimentos crocantes, como pipocas e torradas.

Boca Seca

Caso a sensação de boca seca o esteja incomodando, pergunte ao seu médico ou cirurgião-dentista se você pode usar algum tipo de saliva artificial para lubrificar sua boca e beba sempre muito líquido.

Pergunte ao seu médico se você pode chupar cubos de gelo, balas com adoçante, chicletes sem açúcar. (Sorbitol é um adoçante de balas e chicletes que pode causar diarréia em algumas pessoas. Se você tem problemas com diarréia, cheque os produtos antes de comprá-los e limite seu uso).

Cubra alimentos secos com manteiga, margarina, requeijão ou molhos.

Molhe alimentos crocantes com leite.

Coma alimentos macios e cremosos.

Use protetores labiais ou creme à base de lanolina.

Carregue uma pequena garrafa de água com você e beba sempre que sentir a boca seca.

Fonte: Dr. Paulo Sérgio da Silva Santos, Cirurgião-dentista da Equipe de Transplante de Medula Óssea da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Coordenador do Grupo de Estudos em Pacientes ransplantados do Centro de Atendimento a Pacientes Especiais da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Fonte: http://www.abrale.org.br/apoio_paciente/equipe_multiprofissional/odontologia.php


Ortodontia

1. Quais são as doenças hematológicas mais comuns na infância e como elas alteram a cavidade bucal?

Mais de 50% das doenças hematológicas na infância são as leucemias ou os linfomas. Nessas condições, ocorrem algumas mudanças na cavidade oral: hipertrofia gengival com hematomas, dor e infiltrações, úlceras e palidez da mucosa e linfadenopatia (aumento anormal das glândulas linfáticas).

2) É possível realizar o tratamento ortodôntico em crianças com doenças hematológicas?

As pesquisas clínicas demonstram que é mais prudente não instalar o aparelho ortodôntico (aparelho fixo), devido às limitações causadas pelas drogas e pelos procedimentos terapêuticos. Aparelhos ortopédicos (móveis) e/ou contenção com forças leves podem ser utilizados desde que a criança esteja estabilizada hemodinamicamente e o profissional tenha conhecimento da terapia utilizada e das modificações bucais nesses pacientes, além da avaliação de exames laboratoriais.

3) Como devem ser atendidos os pacientes já submetidos ao tratamento ortodôntico e com diagnóstico de doença hematológica?

Alguns autores acham prudente a remoção do aparelho ortodôntico (fixo) e a instalação de uma contenção apropriada. Após completar a terapêutica adequada para a doença e apresentar dois anos de estabilidade no caso, o tratamento ortodôntico pode ser feito. É importante estar atento às características do aparelho de contenção para evitar trauma e irritação da mucosa, monitorando a saúde periodontal a fim de prevenir infecções. O cirurgião dentista deve ter conhecimento das drogas que fazem parte da terapia e de suas modificações na cavidade bucal.

Implantes odontológicos

1) Os implantes são contra-indicados para pacientes hematológicos?

Não, as contra-indicações para implante são as convencionais: doenças com deficiência de formação de colágeno e falta de suporte ósseo para a colocação dos implantes. Nos pacientes hematológicos, o importante é o momento clínico: se o paciente estiver na remissão completa da doença, não há contra-indicação. Se a doença estiver em atividade e houver a necessidade de realização de radioterapia ou quimioterapia, existe a possibilidade de processos infecciosos no local do implante que podem prejudicar a condição clínica do doente.

2) Como saber se o paciente está pronto para receber o implante?

A comunicação com o médico para conhecimento da condição clínica do paciente é fundamental. A avaliação laboratorial (hemograma e coagulograma) é uma ferramenta importante no momento da escolha desse tipo de tratamento. Se essas condições são favoráveis e todos os cuidados convencionais para a colocação dos implantes estiverem adequados, o paciente pode receber os implantes.

3) Qual a principal complicação?

É a mesma de qualquer cirurgia de implantes: a infecção, à qual os pacientes estão mais suscetíveis por estarem imunossuprimidos. É por isso que a presença da doença e seu tratamento são limitantes para esse tipo de tratamento para reabilitação oral.

Próteses móveis

1) É necessário algum cuidado especial ao paciente com linfoma ou leucemia?

Em períodos pós-quimioterapia, o paciente hematológico apresenta uma condição de pancitopenia (na qual há a redução da produção de células sangüíneas) e, por isso, a predisposição a infecções e sangramentos. Portanto, qualquer situação de trauma bucal pode levar o paciente á hemorragia, além de deixá-lo suscetível a quadros de infecção disseminada por via hematogênica.

2) Como prevenir as infecções em próteses removíveis?

As principais infecções em portadores de próteses removíveis são as infecções fúngicas, que são infecções oportunistas que ocorrem em situações de imunodepressão e higienização inadequada. A orientação é reduzir o tempo de uso da prótese nessas condições (ex.: dormir sem prótese). A higienização da prótese deve ser rigorosa, além da limpeza de todas as mucosas onde a prótese se assenta. O uso de pastilhas efervescentes para a limpeza das próteses tem sido um recurso auxiliar bastante eficaz.

3) Há algum cuidado especial quando o paciente tem mucosite oral?

Sim, a mucosite oral decorrente da quimio e/ou radioterapia leva o paciente a um quadro de ulcerações bucais que dificulta o uso da prótese e da mastigação, além de predispor a quadros infecciosos. Deve-se orientar o paciente a: utilizar a prótese somente nas refeições, intensificar os cuidados de higiene bucal e da prótese e utilizar solução bactericida e bacteriostática não agressiva à mucosa oral, como a solução de clorexidina aquosa.

4) É possível evitar o traumatismo bucal?

Sabe-se que os traumatismos em portadores de próteses móveis são freqüentes, mas um bom planejamento na elaboração da prótese e a orientação quanto ao tipo de alimento a ser ingerido pode ajudar a reduzi-los.

5) A freqüência de avaliação odontológica é diferente nesses pacientes?

Sim, se orientamos os pacientes convencionalmente a virem ao consultório a cada seis meses, precisamos acompanhar esse grupo de pacientes com maior freqüência, a cada três meses. Se houver complicações bucais como a mucosite, pode ser necessária uma avaliação semanal.

Fontes: Paulo Sérgio da Silva Santos (TMO - Santa Casa de São Paulo) e Rosana Claudia Scramin Wakim (odontologia hospitalar - Hospital Santa Isabel), integrantes do Comitê de Odontologia da ABRALE.


Tratamento Odontológico aos Pacientes com Doenças Hematológicas

Atendimento gratuito
CAPE - FOUSP (Faculdade de Odontologia da USP)
Av. Prof. Lineu Prestes, 2227 - Butantã, São Paulo - Cidade Universitária.
Às terças, às 9h, e às quartas, às 14h.
É preciso marcar consulta pelo telefone:             (11) 3091-7859

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