Transplante de medula: novos
caminhos para a cura
A
cobertura pelas operadoras de saúde e as novas tecnologias para o preparo de
células-tronco aumentam as chances de sucesso para quem precisa do transplante
de medula
Não
é fácil encarar um diagnóstico de leucemia ou de outra doença que exija um
transplante de medula óssea. Felizmente, as possibilidades de tratamento
ampliaram-se muito nos últimos anos e continuam avançando. Se antes quem não
tinha um irmão ou outro doador na família via reduzidas drasticamente as suas
chances de sobrevivência, hoje existem opções de transplante a partir de novas
fontes de células-tronco. Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar
determinou que as operadoras de saúde cubram os custos do transplante alogênico
(entre doador e receptor diferentes) de medula óssea. A determinação valerá a
partir de junho próximo. Até agora, a cobertura se restringe aos transplantes
autólogos (com células do próprio paciente). Para os alogênicos, a opção é
financiar o procedimento ou o atendimento público.
O
transplante de medula óssea – ou como é mais corretamente denominado,
transplante de células-tronco hematopoiéticas –, é indicado para quem sofre de
certos tipos de câncer hematológico e doenças que levam à falência da medula
óssea, tecido responsável pela fabricação de vários elementos do sangue. Quando
alguma doença atinge a medula, a produção desses elementos se altera,
enfraquecendo progressivamente a pessoa e tirando sua resistência a outros
problemas de saúde. Quimioterapia, radioterapia e medicamentos ajudam a salvar
o paciente, mas há casos em que esses recursos não são suficientes e a única
opção passa a ser o transplante.
Diferentemente
de outros tipos de transplante, o de medula óssea não envolve a remoção e a substituição
de um órgão, mas sim a infusão no paciente de células específicas que possam
recuperar as funções da medula danificada. Em alguns casos, é possível retirar
células da própria pessoa e reintroduzi-las após a quimioterapia (transplante
autólogo). Em outros, as células inseridas são provenientes de outros doadores
– parentes ou não (transplante alogênico). A utilidade do sangue de cordão
umbilical para fornecer células-tronco para a reconstituição da medula foi
atestada em 1988 e, desde então, abriu novas possibilidades de tratamentos.
Se
antes quem não tinha um irmão ou outro doador na família via reduzidas
drasticamente as suas chances de sobrevivência, hoje existem opções de
transplante a partir de novas fontes de células-tronco.
A
primeira opção para o transplante de medula óssea continua sendo a de um irmão
ou parente doador, por causa da compatibilidade genética. No entanto, a chance
de um paciente ter um parente compatível é de 25%. Em 75% dos casos será
necessário recorrer a fontes alternativas. Uma possibilidade é buscar doadores
de medula óssea em bancos no Brasil e no exterior – o Brasil tem mais de um
milhão de doadores e são 14 milhões em todo o mundo. É possível, ainda,
pesquisar nos bancos públicos de sangue de cordão umbilical. O País tem cinco
deles e deve chegar a 12 nos próximos anos.
Mas
se o paciente não encontrar um doador compatível, ou se a urgência do caso não
permitir a busca, há agora dois novos recursos. O primeiro é o transplante de
medula óssea haploidêntico, feito com um doador parcialmente compatível (como
um familiar do paciente), cujas células são manipuladas para facilitar a
reconstituição da nova medula. O segundo é o uso do duplo cordão – dois cordões
umbilicais que não precisam ter compatibilidade completa com o paciente, mas
que juntos resultam em um maior número de células e, por isso, podem conferir
sucesso ao procedimento, principalmente em adultos, que necessitam de mais
células-tronco para reconstituir a medula óssea.
Com
a ampliação das possibilidades de tratamento, a evolução tecnológica e a
cobertura do transplante pelas operadoras de saúde, quem precisa desse
procedimento já pode confiar nas boas notícias e ter suas esperanças renovadas.
Destaque:
Se antes quem não tinha um irmão ou outro doador na família via reduzidas
drasticamente as suas chances de sobrevivência, hoje existem opções de
transplante a partir de novas fontes de células-tronco.
FANTÁSTICO! MAIS CHANCE PRÁ TODOS NÓS.
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirCaros Amigos, consegui um contato no Einsten e recebi muita literatura e artigos importantes, todos nesta linha.
ResponderExcluirDe fato muito bom, principalmente pq. agora , finalmente a ANS liberou novos tratamentos, até então sem cobertura plenos Planos de Saúde.
Obrigada pela leitura e estímulo.
Abs,anamerij