Nossa Campanha continua , contamos com sua ajuda.

Para assinar, clique AQUI!

domingo, 8 de julho de 2012

O diretor da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia), Dr. Angelo Maiolino, vê com otimismo a aprovação do projeto, especialmente para os casos de mieloma múltiplo


Senado aprova cobertura de quimioterapia oral por planos de saúde



Projeto de Lei é o primeiro passo para que pessoas com câncer, como o de mieloma múltiplo, possam fazer o tratamento quimioterápico via oral com cobertura dos planos de saúde. O Senado aprovou na quinta-feira, dia 17, o Projeto de Lei de autoria da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que determina o tratamento quimioterápico via oral com a cobertura dos planos de saúde. No caso dos planos que cobrem a internação hospitalar, o projeto obriga ainda a cobertura da quimioterapia ambulatorial e domiciliar, de radioterapia e da hemoterapia.

O objetivo, segundo a senadora Ana Amélia, é garantir a continuidade da assistência prestada durante a internação. Atualmente, sem a cobertura pelos planos de saúde, boa parte dos pacientes e de seus custos são transferidos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O Projeto de Lei foi votado em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Uma vez aprovado pela Câmara e sancionada pela presidente Dilma, a nova lei entra em vigor após 180 dias da data de publicação no Diário Oficial da União.

O diretor da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia), Dr. Angelo Maiolino, vê com otimismo a aprovação do projeto, especialmente para os casos de mieloma múltiplo, que necessitam de diferentes combinações de medicamentos orais. “Em diferentes situações, os medicamentos bortezomibe, lenalidomida, dexametasona e ciclofosfamida demonstraram resultados mais eficazes com maior taxa de resposta e impacto em termos de sobrevida e qualidade de vida para os pacientes do que a monoterapia”.

Lentidão da ANVISA



Mesmo sendo aprovada em 75 países, uma das drogas utilizadas para o tratamento de mieloma, a lenalidomida, aguarda há cerca de quatro anos o registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Enquanto novas drogas estão sendo usadas em todo o mundo em benefício dos pacientes com mieloma, os pacientes brasileiros não têm acesso àquelas já consagradas para o tratamento deste câncer”, explica o Dr. Maiolino.

A falta do registro da lenalidomida no Brasil representa riscos, alerta o médico. “Principalmente após uma recaída. Sem essa alternativa terapêutica você tira a chance do paciente viver mais e melhor”, diz o especialista.

Ele destaca outros benefícios para o pacientes: não provoca dormência em mãos e pés, com muito menos constipação, sonolência e fadiga. O uso é oral, ou seja, não é necessário ir até a clínica ou hospital para ser medicado. O Dr. Maiolino comenta que “não existe a menor dúvida de que as novas drogas como bortezomibe e lenalidomida mudaram a realidade do mieloma múltiplo no mundo“.
O mieloma múltiplo é a segunda doença oncohematológica em incidência no mundo. Segundo a Fundação Internacional do Mieloma (IMF, em inglês), há mais de 700 mil novos casos por ano. Só nos Estados Unidos surgem 21 mil casos por ano. No Brasil, não há estatísticas exatas, mas o especialista calcula 10 mil novos casos/ano. Segundo ele, atualmente, são cerca de 30 mil pacientes em tratamento no Brasil, sendo que 80% deles têm mais de 60 anos de idade.


Os benefícios da quimioterapia oral


A quimioterapia oral não tem de ser injetada no corpo

        Uma vez que a quimioterapia oral é tomada sob a forma de um comprimido ou de uma cápsula, não é preciso injetá-la no corpo, como acontece com outros tipos de quimioterapia. Em muitos casos, os fármacos da quimioterapia são administrados diretamente na veia da pessoa por meio de uma linha intravenosa (I.V.) através de um cateter implantado sob a pele, utilizando frequentemente uma bomba especializada. É preciso submeter-se a uma cirurgia para colocar a linha I.V. e, como acontece com qualquer dispositivo deste tipo, isso pode trazer complicações. Adicionalmente, os dispositivos intravenosos ficam no interior do corpo entre os tratamentos, e a sua presença pode conduzir a complicações adicionais em até 30% dos casos. Tomar quimioterapia oral sob a forma de um comprimido ou de uma cápsula elimina esses riscos. Engolida sob a forma de comprimido ou cápsula tomada com água, a quimioterapia oral disponibiliza um método simples e não invasivo de receber tratamento contra o cancro.

A quimioterapia oral pode ser tomada em casa

        Uma vez que não precisa ser injetada no corpo, a quimioterapia oral pode ser tomada em casa, sem que seja necessário deslocar-se ao hospital ou a uma clínica para o tratamento. Pessoas a receberem quimioterapia através de perfusão I.V. podem passar até uma semana em cada mês internados ou em deslocações ao hospital para receberem o tratamento. Para muitos dos doentes a quem é receitada quimioterapia oral, tomar a medicamentação em casa é uma das principais vantagens, pois hes dá a liberdade para continuarem com as suas vidas diárias sem a perturbação das visitas ao hospital.

O que esperar da quimioterapia oral

Contato com a sua equipe de profissionais na área da saúde

        Apesar de poder tomar o seu tratamento de quimioterapia oral em casa, continuará a ter de consultar regularmente o seu médico, para que este possa acompanhar a sua evolução. Lembre-se que a quimioterapia pode provocar efeitos secundários graves e você deve contatar o seu médico ou enfermeiro assistente sempre que tenha questões ou preocupações relacionadas com o tratamento ou com efeitos secundários que esteja a sentir. Isso ajudará a assegurar que a situação não evolui para um problema grave. Se necessário, o seu médico efetuará ajustes na sua dosagem ou indicará outro medicamento para aliviar os sintomas. Pergunte ao seu médico o que deve fazer no caso de surgir alguma dúvida sobre um efeito secundário e não conseguir contatá-lo.

Regime terapêutico

        Se está a receber quimioterapia oral em combinação com outro fármaco não oral, terá de ir ao hospital para receber esta parte do tratamento. A frequência com que terá de deslocar-se ao hospital dependerá do tratamento administrado. Contudo, na maioria dos casos, só perderá algumas horas por mês.

Efeitos secundários

        Tal como em todos os tipos de quimioterapia, existem alguns efeitos secundários associados à quimioterapia oral. Contudo, as pessoas reagem de modos diferentes aos tratamentos, pelo que o tipo e gravidade dos efeitos secundários podem variar de pessoa para pessoa.

    O recurso a um diário terapêutico pode ser útil para registar quaisquer efeitos secundários que possa sentir, para podê-los discutir com o seu médico ou enfermeiro na visita hospitalar seguinte. Na área Dieta e Vida deste site, procure sugestões para como lidar com alguns dos efeitos secundários mais comuns na quimioterapia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos sua presença e apoio.
direitodeviverpmm@gmail.com