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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tratamentos: Drogas Imunomoduladoras


Tratamento com lenalidomida


A lenalidomida é permitida nos E.U.A., União Europeia e Suíça como tratamento para uma terapêutica de combinação com a dexametasona, no caso de pacientes com mieloma múltiplo que já tenham feito um tratamento-padrão. Do mesmo modo, a lenalidomida foi permitida nos E.U.A., desde o final de 2005, como tratamento para pacientes que dependem de transfusões sanguíneas e que sofrem de um síndroma mielodisplásico da classe de risco 1 (baixa ou moderada) com delecção de 5q simultânea, com ou sem outras anomalias citogenéticas.

A lenalidomida pertence ao grupo de componentes IMiDs®. Esta sigla significa Immunomodulatory Drugs (Drogas Imunomoduladoras), isto é, substâncias químicas que têm a capacidade de modular o sistema imunitário. As IMiDs® são drogas que derivam da talidomida, que produzindo um efeito igual ou melhor, demonstram ter consideravelmente menos efeitos secundários.

O mecanismo de reacção à lenalidomida não se encontra, ainda, totalmente esclarecido. No entanto, sabe-se que a substância intervém em vários zonas do corpo. As propriedades imunomodulares e antiangiogénicas desta substância intervêm na distribuição de substâncias activas proinflamatórias e aumentam a produção de anti-inflamatórios. Consegue-se prevenir a formação de vasos sanguíneos no tumor, fazendo com que exista uma fraca alimentação de nutrientes nas células cancerígenas. A lenalidomida reage também de forma directa em relação às células do tumor, retardando o crescimento das mesmas. A lenalidomida consegue ainda corrigir os processos metabólicos que se encontram desequilibrados, em diferentes zonas do corpo.

A terapia com lenalidomida tem, no entanto, alguns efeitos secundários. Durante o tratamento com lenalidomida, o hemograma altera-se frequente e temporariamente: a quantidade de trombócitos (plaquetas) pode diminuir (trombocitopenia), assim como a quantidade de glóbulos brancos (neutropenia). Os resultados das análises ao sangue podem fazer com que seja necessário uma interrupção da terapia ou uma redução da dose de lenalidomida. Alguns pacientes necessitam de factores que estimulem o crescimento dos glóbulos brancos e/ou de transfusões sanguíneas.

Um outro efeito secundário da lenalidomida pode ser o aumento do risco da formação de coágulos sanguíneos, durante o tratamento (tromboses venosas e embolias pulmonares). Não existem ainda estudos que comprovem claramente que uma terapia preventiva leva à redução de trombofilias (hipercoagulabilidade). De acordo com o risco individual para coagulações sanguíneas, o médico pode prescrever uma terapia profiláctica, para reagir contra tromboses venosas ou embolias pulmonares. Outros efeitos secundários que podem resultar da administração de lenalidomida são diarreia, erupção cutânea e prurido (comichão).

Tratamento com bortezomib


Ainda não se conhecem todos os pormenores do modo de actuação deste inibidor do proteasoma. Mas um aspecto parece estar claro: a formação e decomposição de proteínas transdutoras de sinal desempenham um papel importante tanto na sobrevivência das células cancerosas, como também na multiplicação e adesão das células e no crescimento de novos vasos sanguíneos. A decomposição destas proteínas é controlada pelos designados proteasomas. Estes são complexos enzimáticos que aparecem tanto em células normais como anormais e destroem as proteínas intracelulares marcadas.

O bortezomib inibe os proteasomas, o que faz com que muitos sinais dentro da célula cancerosa se neutralizem ou se entravem mutuamente. Estes processos inibem depois o crescimento do tumor e de novos vasos sanguíneos, provocando a morte das células anormais (apoptose) e inibando a interacção com as células do tecido conjuntivo da medula óssea.

O bortezomib está autorizado na Europa desde Abril 2004 sob o nome comercial de Velcade® para o tratamento do mieloma múltiplo e pode ser usado, quando o doente tiver já percorrido, pelo menos, dois tratamentos e se verifique, no último tratamento, uma progressão da doença (tratamento designado por terceira linha). Desde Abril de 2005, o Velcade® também está autorizado para o tratamento de doentes que percorreram apenas um tratamento prévio (tratamento designado por segunda linha). Os doentes, antes de receberem Velcade® como monoterapia (isto é, não combinado com outro medicamento), devem ter recebido já a um transplante de medula óssea ou mostrar-se inaptos a serem sujeitos um tal tratamento. Em Setembro de 2008 foi aprovado o Velcade® em combinação com melphalan e prednisone para o tratamento de pacientes com mieloma múltipla anteriormente não tratado, que não estavam elegíveis para quimioterapia de elevadas doses com transplante de medula óssea. Até à data desconhece-se a duração ideal de um tratamento com Velcade®.

Os efeitos secundários que ocorreram mais frequentemente nos estudos clínicos com Velcade® incluíram fadiga, mal disposição, fraqueza, náuseas, diarreia, falta de apetite e oclusão intestinal. As reacções adversas foram sempre moderadas. Observou-se ainda uma concentração diminuída das plaquetas, neuropatia periférica (dormência, formigueiro e/ou dores nas mãos, braços, pés ou pernas), febre, vómitos e anemia. Como efeitos adversos graves ocorreram ocasionalmente febre, pneumonia, diarreia grave, vómitos, desidratação e tonturas.

Fonte:OncoGuia

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