ANVISA compromete o Brasil no meio
científico
Agências
reguladores e governos de aproximadamente 80 países reconheceram a validade de
dois tradicionais estudos científicos a respeito da necessidade do uso do
medicamento lenalidomida para pacientes com mieloma múltiplo. Mas, no Brasil,
os estudos não foram aceitos, o que representa um constrangimento”, desabafou a
médica hematologista e professora da Santa Casa de São Paulo, Dra. Vania
Hungria, no final da reunião anual do International Myeloma Working Group
(IMWG),dia 13 de junho, em Amsterdam, Holanda.
O
Brasil tem mais dois médicos no IMWG: o Dr. Angelo Maiolino da Universidade
Federal do Rio de Janeiro e o Dr. Carmino de Souza, coordenador do Hemocentro
da Unicamp e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e
Terapia Celular (ABHH).
Os
estudos a que a especialista se refere são conhecidos como MM009 e MM 010. Os
mais prejudicados na avaliação da Dra. Vania são os pacientes refratários aos
tratamentos mais antigos ou que tiveram recaída e que passam a correr graves
riscos por não terem acesso a terapias que incluem a lenalidomida, que é de uso
oral, como alternativa para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida.
Os
cientistas que participaram das reuniões do IMWG estão em um nível avançado de
discussão. Depois da talidomida e da lenalidomida, agora a comunidade
científica se
debruça
sobre a terceira geração dos chamados imunomoduladores, representada pela
Pomalidomida, ainda em aprovação pelo FDA, nos Estados Unidos. “Fico indignada
ao ver que o pais não pode acompanhar todo esse desenvolvimento”, acentuou.
Durante
o IMWG ela disse que encontrou dificuldades para explicar para seus colegas
como funciona a ANVISA. “As câmaras técnicas da Agência precisam ser
capacitadas com profissionais que tenham conhecimento e entendimento científico
adequado para perceber que definir o sabor do cigarro é diferente de definir
que um medicamento já aprovado pelo FDA e pelo EMEA não pode ser oferecido aos
pacientes brasileiros. Além disso o próprio presidente da Agência se senta à
mesa e vota sim ou não em assuntos totalmente diversos. É impossível ter
entendimento científico sobre todos os produtos que passam pela ANVISA”.
A
especialista lembrou que a aprovação da lenalidomida no Brasil conta com o
apoio de instituições médicas como a ABHH e de instituições de pacientes como a
IMF latinamérica e a ABRALE. “Todas as solicitações legais determinadas pela
ANVISA já foram atendidas, inclusive com os mais recentes estudos
internacionais, mas a cada reunião encontram um novo argumento para não aprovar
o medicamento em um processo que se estende por quase quatro anos”.
Fonte:
RS Press
Incrível o descaso com a saúde no país.
ResponderExcluirDRA VÃNIA HUNGRIA COMO SEMPRE PODEROSA E MARAVILHOSA, SOU FÃ.
ResponderExcluirParabéns, Dra. Vânia Hungria!
ResponderExcluirA ANVISA não aprova até um dos "chefões" passar pela doença.
ResponderExcluirIt's hard to come by well-informed people on this subject, however, you seem like you know what you're
ResponderExcluirtalking about! Thanks
my web site: GFI Norte